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MANK

  • ramonbetzler
  • 7 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Um curioso estudo sobre a mente por trás do roteiro de 'Cidadão Kane'.

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© Netflix

Situado em uma Hollywood de pelo menos 80 anos atrás, 'Mank' mostra muito bem o contexto da época e os elementos que inspiraram o filme 'Cidadão Kane' sem necessariamente ser preciso historicamente. Ao mostrar como a indústria cinematográfica da época funcionava e a sua relação com a política, o filme vai introduzindo de maneira elegante as figuras que podem ter inspirado alguns dos personagens centrais do clássico de 1941.


Um dos aspectos mais interessantes é que o protagonista é simultaneamente crítico e reprodutor do sistema no qual está inserido. Essa característica o torna uma figura complexa que se confunde com os próprios personagens que ele criou, com os amigos e inimigos que fez durante a vida, de tal maneira que sua vida acaba rimando com a tragédia do filme que ele escreveu.


No topo de um roteiro bem escrito, está a performance de Gary Oldman que serve como principal sustentáculo para o filme funcionar já que ele está presente em praticamente todas as cenas. A fotografia e a edição fazem uma homenagem ao filme de 1941 sem necessariamente copiá-lo. É possível dizer que este é um dos filmes mais bonitos feito em preto e branco.


'Mank' mostra muito bem a ironia criada pelo contraste entre a grandeza do protagonista e suas imperfeições e como sua trajetória de vida influenciou um dos filmes mais conhecidos da história, que apresar de revolucionário e grandiosos, também é imperfeito como a maioria das coisas.

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