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Alien: A Ressurreição

  • ramonbetzler
  • 7 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de out. de 2020

200 anos após os eventos de Alien³ (1992), 7 cientistas a bordo da nave “USM Auriga” fazem experiências com um clone de Ellen Ripley (Sigourney Weaver), obtido a partir de vestígios mortais encontrados no local do incidente no planeta “Fiorina ‘Fury’ 161” com o objetivo de dar a luz a um organismo da, há muito tempo esquecida, espécie alienígena dos filmes anteriores.


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Sem dúvidas, o 4° capítulo da história de Ripley é o filme mais bizarro da franquia. Para começar, a premissa do filme ignora o fim dado à protagonista na película antecedente e parte do absurdo argumento de que restos moribundos da personagem e do parasita que lhe habitava foram encontrados e isso possibilitou a clonagem de um híbrido entre os dois. Definitivamente, a melhor opção era ter continuado a franquia sem Sigouney Weaver já que o final escolhido para a personagem havia sido praticamente perfeito. Além de uma premissa fraca e apelativa, o filme tem pouca originalidade e acaba sendo em alguns momentos apenas um amontoado de referências ao restante da franquia.



Mesmo com esses muitos problemas, o filme tem pontos positivos. A direção de Jean-Pierre Jeunet é muito boa e o roteiro escrito por Joss Wedon, apesar de deficiente, traz as cenas de ação mais criativas da franquia, fazendo questão de não ignorar lógicas estabelecidas no início da saga. Os efeitos especiais e visuais são os mais realistas da franquia até aqui, deixando as criaturas mais verossímeis do que nunca. Outro destaque é a trilha sonora, que é eficiente em proporcionar o clima exigido para o filme, sem esquecer de fazer algumas referências ao original de 1979. Call (Winona Ryder) é o trunfo entre as personagens, bem escrita e bem interpretada é o fator que traz alguma profundidade ao longa.


Tal virtude também nos leva, infelizmente, ao principal defeito do filme, o fato da personagem Ellen Ripley não ser mais carismática como nos filmes anteriores. É possível dizer até que não é mais a personagem, já que após “renascida”, perde grande parte das características de quando era exclusivamente humana. Essa questão enfraquece o filme como capítulo final para a saga e escancara as deficiências do roteiro.


'Alien: A Ressurreição' (1997) só por sua premissa inicial já pode ser considerado o filme mais comercial da franquia. A despeito dessa e de muitas outras falhas, fica claro o respeito pelo espírito inicial da série de filmes e a disposição para ousar e remexer as entranhas dos idealizadores iniciais Dan O’Bannon e Ronald Shusett. Sendo assim, este 4° filme é problemático, porém indispensável para os fãs da franquia.

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3 / 5

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