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13 Reasons Why (1ª temporada)

  • ramonbetzler
  • 13 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

13 Reasons Why ("Os 13 Porquês"), inspirado em livro homônimo, segue uma estratégia de narrativa iniciada pela Netflix em 'The OA', na qual o protagonista narra sua trajetória passada para um grupo de pessoas que, simultaneamente, tem seus próprios arcos na história.


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PERSONAGENS VEROSSÍMEIS, ÓTIMA EDIÇÃO e FOTOGRAFIA COMPETENTE

A série acompanha as reações de Clay Jensen, estudante de ensino médio, aos relatos de Hannah Baker, outra estudante, acerca dos 13 motivos de sua morte, de forma que ambos são protagonistas. Seguindo os passos que levaram a um suicídio, conhecemos personagens, em sua maioria muito verossímeis, que trazem um realismo impressionante à narrativa. Essa forma de contar os eventos, aliada à competente edição, ajuda o espectador a se aprofundar nos dilemas e questionamentos presentes na vida de adolescentes do século 21.


Sendo assim, a edição e a fotografia são o grande destaque técnico. As duas trabalham juntas em vários momentos que garantem imersão quase imediata nos dilemas e preocupações dos personagens, tão importantes para a trama. Todavia, alguns personagens parecem vazios e algumas vezes funcionam apenas como muleta para o roteiro funcionar. Em certos momentos, surgem até leves piadas sobre isso, fator que acaba corroendo o tom da série momentaneamente. O ritmo é bom e consegue atrair o interesse pela temporada até o fim. Apesar disso, o final acaba esvaziando a si mesmo por se preocupar demais em deixar algumas pontas soltas, um tanto desnecessárias.


No especial “Tentando Entender” os Porquês, os produtores afirmam que a intenção é ajudar pessoas que passam por problemas semelhantes aos de Hannah e mostrar que a opção feita pela protagonista nunca deve ser considerada. Entretanto, é possível que alguns tenham também outras sensações como a de que a culpa de um suicídio pode residir muito mais em outras pessoas do que no próprio suicida, sentimento esse que tende a tornar a pessoa deprimida mais passiva quanto a sua própria situação. Portanto, o objetivo inicial da produção é cumprido apenas parcialmente. Não obstante, a obra permanece relevante e abre mais espaço a temas polêmicos nas séries originais da Netflix, além de causar profunda reflexão em quem assiste.

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4 / 5

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