Ao Cair da Noite
- ramonbetzler
- 28 de jun. de 2017
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2020
"Ao Cair da Noite" (2017) é um filme complexo, mas de roteiro bem simples. Durante o filme, não há grandes explicações ou contextualizações. Essa ausência, pela forma que é representada no filme, cria a expectativa por uma grande revelação que acaba não acontecendo. Por esse motivo, o filme que começa promissor, no fim, acaba caindo na mesmice de outros filmes do gênero terror, nos quais a história torna-se irrelevante.

ÓTIMA FOTOGRAFIA e ÓTIMAS PERFORMANCES
Apesar do potencial não concretizado, o filme tem virtudes como uma boa edição, ótima utilização do cenário e uma boa escolha de quadros. Essas características, unidas à fotografia e à performance do elenco principal, permitem que o espectador aprecie boa parte do filme. Kelvin Harrison (Travis) mostra-se como um dos melhores jovens atores de Hollywood, trazendo o que o roteiro e a personagem exigiam. Joel Edgerton (Paul), Carmen Ejogo (Sarah), Riley Keough (Kim) e Christopher Abbott (Will) também estão muito bem e entregam toda a dramaticidade exigida pelas principais cenas do longa.
No que diz respeito ao roteiro, o filme começa bem, mas em seu clímax revela uma certa insuficiência em termos criativos. A atmosfera é bem estruturada, porém, a partir da metade do filme, o centro narrativo passa a ser um pouco óbvio, tornando, assim, frustrante a falta de uma história de fundo para os personagens e desinteressante o enigma presente no roteiro.
'Ao Cair da Noite' (2017) tem suas qualidades, mas mostra que, nem sempre, uma história é boa somente pela sua complexidade. O filme não é ruim, mas deixa a sensação de que poderia ter ido mais longe e explorado melhor seus alicerces iniciais.

3 / 5










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