Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)
- ramonbetzler
- 4 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Mais do que um filme de ação, 'Em Ritmo de Fuga' é uma jornada de conhecimento sobre o protagonista. O roteiro é construído de forma a potencializar a identificação da audiência para com o jovem piloto de fuga. Com um ritmo que é agradável e tenso ao mesmo tempo, o thriller é provavelmente o melhor filme de Edgar Wright.

ÓTIMA MIXAGEM DE SOM e ÓTIMAS CENAS DE AÇÃO
Utilizando estética semelhante àquelas de seus filmes anteriores, Wright criou um dos melhores filmes do gênero. Todavia, adicionado a isso também estão uma narrativa envolvente e uma aventura musical, através das quais imergimos nas experiências da vida de Baby quase como se já conhecêssemos o personagem há muito tempo, ampliando assim a catarse nas cenas chave do longa. Não é exagero dizer que o filme é quase um musical. Porém, o que faz de 'Baby Driver' um bom filme é a combinação do aspecto musical com um bom roteiro e ótimas escolhas no que diz respeito às cenas de ação. A mixagem de som beira a perfeição, ampliando a sensação de que estamos na pele do protagonista.
A escolha do tom do filme foi muito bem feita, não tão infantil quanto filmes anteriores do diretor, mas nem tão sério a ponto de estragar a sensação de que o protagonista é apenas um jovem e não tem controle total da situação. Apesar de ser um motorista habilidoso, Baby não tem controle de tudo a sua volta e não encontra soluções mirabolantes para seus problemas. Dessa forma, o filme evita diversos clichês do gênero de ação e se torna menos previsível.
O filme não é perfeito, mas em tempos de filmes de ação sem cérebro e repetições de fórmulas, acaba se destacando pela coragem de ser diferente e trazer algo de novo ao misturar dois gêneros com maestria.

4,5 / 5










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