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Kadaver

  • ramonbetzler
  • 27 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Um filme de terror que não acrescenta algo novo ou especial ao gênero.


Num futuro pós-apocalíptico causado por uma guerra nuclear, uma família que lida com a fome e a insegurança é convidada para uma peça beneficente em um hotel. Porém, o evento não é bem o que parece.


Assista ao trailer:


É possível dizer que a melhor qualidade de "Kadaver" são suas cenas iniciais, nas quais é feita uma ótima contextualização do mundo em que os personagens estão inseridos. Através de quadros amplos e uma direção de arte rica em detalhes, é possível entender rapidamente o que aconteceu e por quais dificuldades aquelas pessoas passam. Dessa forma, o filme consegue passar com eficiência os medos e anseios de Leonara (Gitte Witt), Jacob (Thomas Gullestad) e Alice (Tuva Olivia Remman), conseguindo que a audiência se importe com eles.


Todavia, no decorrer da obra essa qualidade se perde um pouco em algumas atuações sem inspiração do elenco e num roteiro confuso, com conveniências em momentos chave. Os vilões parecem muitas vezes inverossímeis, artificiais e sem carisma, de maneira que em certas partes do filme eles falham inclusive em causar o medo, um dos objetivos principais em um filme de terror.


Além disso, há um exagero em explicar passo a passo tudo o que acontece, não deixando muito para imaginação e até, em alguns momentos, desrespeitando a inteligência de quem assiste. Pelo fato de algumas situações serem completamente explicadas e outras simplesmente ignoradas, esse exagero explicativo soa como um desleixo do roteiro e não como uma opção artística pensada de antemão. Não há sutileza na maneira como a trama se revela.


"Kadaver" da Netflix tem uma premissa interessante, mas infelizmente não desenvolve todo seu potencial e acaba por se limitar a mediocridade. Apesar de conseguir entreter, não tem nenhuma mensagem ou algo novo para o gênero do terror.

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(2,5 / 5)


FICHA TÉCNICA

Terror


Dirigido e escrito por Jarand Herdal


Elenco: Gitte Witt (Leonora), Thomas Gullestad (Jacob), Tuva Olivia Remman (Alice) Thorbjørn Harr (Mathias)


1h e 26 min


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Suicídio, mutilação, violência gratuita/banalização da violência

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