Maria e João: O Conto das Bruxas

ramonbetzler
10 de nov. de 2020
2 min de leitura

Filme faz interessante interpretação moderna do conto popular

Com narrativa, edição, direção e fotografia pouco convencionais para um filme de fantasia, 'Maria e João' reconta a história popular de maneira inusitada.

Assista ao trailer:

O roteiro imprevisível e o cenário um tanto distópico criam um clima sombrio de mistério que permanece durante todo o filme. Aqui o conto de fadas dá lugar a uma história sobre a psicologia da mulher contemporânea, com ênfase para temas como adolescência e emancipação. Essa forma de mostrar a história não descaracteriza o conto de fadas tradicional, a mistura é feita de maneira sutil. A estética de "bosque encantado" se mistura perfeitamente com os momentos de terror psicológico.

O dois irmãos, Maria (Sophia Lillis) e João (Samuel Leakey) vão muito bem, convencendo como crianças desamparadas em situação de perigo. Porém o ponto alto do filme são as cenas em Maria contracena com a Bruxa (Alice Krige). Essas cenas são fundamentais para que temas como o papel da mulher na família e na sociedade funcionem como mola propulsora da história.

O filme, apesar de curto, infelizmente tem algumas passagens mais arrastadas nas quais é possível ter a sensação de que nada realmente acontece, porém, isso não chega a estragar a experiência.

"Maria e João: O Conto das Bruxas" não é nada espetacular ou revolucionário, mas é competente em apresentar uma história de terror e fantasia, sem deixar de possuir uma mensagem.

SINOPSE

Há muito tempo, em um campo distante de contos de fadas, uma jovem leva seu irmãozinho a uma floresta sombria em busca desesperada de comida e trabalho, apenas para tropeçar em um terrível antro de terror.