Mulher-Maravilha 1984
- ramonbetzler
- 27 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Apela demais para o absurdo, mas consegue entregar uma mensagem poderosa e entreter.

Mulher-Maravilha 1984 é muito diferente do 1º filme da heroína quase em todos os sentidos. Este novo longa é mais extravagante, grandioso (e até mesmo megalomaníaco), além de ter um estilo de roteiro e edição completamente diferentes. A direção varia bastante sendo em alguns momentos extremamente diferente e em outras exatamente igual a do antecessor.
O roteiro aqui tenta, aparentemente de forma proposital, inserir vários clichês dos anos 80 no filme, fator que às vezes funciona e outras vezes soa artificial ou caricato. Na maior parte do tempo, o filme aposta bastante nos aspectos fantasiosos para colocar os personagens em situações nas quais suas relações avancem. Em outras palavras, o filme desnecessariamente sacrifica a verossimilhança para criar momentos de empatia e catarse. Em algumas partes, esse "sacrifício" funciona e o filme transita bem para uma espécie de conto de fadas, em outros o roteiro soa preguiçoso ou pouco inspirado.
Essa questão incomoda, mas é bastante atenuada por boas atuações, em especial a de Pedro Pascal que faz um vilão muito carismático. É preciso destacar também Gal Gadot cuja performance evoluiu significativamente do 1º filme para este. Neste sentindo também vão as cenas que focam em momentos intimistas entre os personagens. A maioria delas funciona muito bem e fazem avançar tanto os personagens quanto as temáticas do 1º filme. Outro elemento de destaque é a trilha sonora de Hans Zimmer, que potencializa muito bem o significado dessas cenas.
Mulher-Maravilha 1984, apesar de cometer muitos pecados, é um filme corajoso ao ousar ser completamente diferente do anterior e da maioria dos filmes de super-herói. A história consegue entregar uma mensagem final inspiradora e emocionante que faz jus ao personagem.











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