Planeta dos Macacos: A Guerra
- ramonbetzler
- 4 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2020
A partir de 2011 foi iniciada a trilogia que ser viria de prelúdio para Planeta dos Macacos (1968). De lá para cá, muitas escolhas foram tomadas a maioria delas acertadas. Em vez de escolher um caminho mais fácil como apelar para ação desenfreada, 'Planeta dos Macacos: A Guerra' escolhe uma abordagem mais intimista para os personagens da mesma forma que os dois filmes anteriores, fechando muito bem uma das melhores trilogias da história de Hollywood.

BOA TRILHA SONORA, ÓTIMOS EFEITOS VISUAIS e BOM ROTEIRO
Com uma história simples, mas profunda em que a relação entre as personagens é sempre o centro, o novo filme da franquia é o desfecho perfeito para a trajetória de Caesar (Andy Serkis), uma fonte de reflexão sobre a natureza humana e, além disso, desenvolve também interessantes conexões com o filme de 1968.
Através do investimento na personalidade dos macacos, que neste filme tem mais tempo de tela, o filme consegue promover a reflexão essencial do filme original sobre a semelhança entre macacos e humanos. Aqui a computação gráfica tem o importante papel de representar bem a "humanização" daqueles seres e a interpretação dos atores que fizeram a captura de movimentos. Andy Serkis demonstra, como sempre, todo seu talento e, ainda mais, como compreende o seu personagem e a mensagem do filme.
O roteiro, a o mesmo tempo que busca explicar situações do filme original, não o faz sem cuidado, sempre buscando problematizá-las. A trajetória de Caesar até este filme não é ignorada e é retomada sempre que possível, levando ao aproveitamento máximo do potencial do protagonista. O roteiro envolvente é acompanhado por uma boa trilha sonora de Michael Giacchino, que instiga nos momentos tensos e empolga nas cenas de ação.
Fiel às intenções do filme original, 'Planeta dos Macacos: A Guerra' traz diversas reflexões sobre o papel da humanidade na natureza sem abandonar a necessidade de desenvolver seus personagens e referenciar o clássico de 1968. O largo histórico de Hollywood em apresentar filmes falhos no terceiro capítulo de trilogias não se repete aqui, garantindo uma história com início, meio e fim bastante dignos.

5 / 5










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